quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O que o Amor Não Faz
Assim como a célula humana, o amor continua rodeado de uma aura de mistério, mas é vital para nossa existência.
A descrição de Paulo do verdadeiro amor é mais do que paixão, sentimento ou emoção. Nos versos 4 a 7 do capítulo 13 de Coríntios, as credenciais do amor são apresentadas tanto do lado positivo, mostrando como o amor opera, quanto do lado negativo, em relação ao que o amor evita e não faz. Para Paulo, o amor é visto nas atitudes. Podemos fazer boas coisas sem, no entanto, apresentar boa atitude. Quais são essas atitudes da excelência no amor?
Ele começa dizendo que “o amor não é invejoso”. Você pode também pensar no ciúme, que é primo da inveja. Ao dizer que o amor não é invejoso, ele está dizendo que o amor se regozija com o sucesso de outras pessoas. O amor não vai torcer para que o outro tropece a fim de que você cresça. Não vai olhar com raiva para o colega de trabalho só porque ele fez melhor do que você faz.
O amor também “não se vangloria, nem se orgulha”. Usamos símbolos para nos vangloriar: roupas, carros, títulos, lugar em que trabalhamos; ou cultivamos amizade com pessoas com as quais desejamos ser vistos. O amor não se orgulha por isso.
O amor também “não guarda rancor”. Não pensa em vingança, nem faz compilação estatística dos erros.
E no bojo desses pensamentos sobre o que o amor não é, John Powell diz: “O amor realmente não é cego. É supervidente. A pessoa amorosa vê em outrem coisas que olhos sem amor jamais conseguem ver.” Pergunte às moças e rapazes que estão namorando e você comprovará que eles veem no namorado(a) qualidades que outros não veem.
Uma das ideias que mais se repetem sobre o amor de Deus na Bíblia é a de que o amor é incondicional. O amor condicional está em todos os lugares. Em termos humanos, o amor depende da aparência, de quão bem atuamos na função que ocupamos, do que temos, de como nos comportamos, e se dizemos o que o outro quer ouvir. Mas o amor de Deus não depende de aparência, atuação ou comportamento. Não há nenhuma condição estabelecida por Deus para que Ele nos ame.
Depois de falar tudo o que lhe veio à mente sobre o amor, Paulo acrescentou: “Sigam o caminho do amor” (1Co 14:1). Esse é um bom conselho!
O que o Amor Faz
Paulo tinha uma apreciação especial pela igreja de Corinto. Parece ter sido uma igreja com muita gente talentosa, e ao mesmo tempo uma igreja dividida. Alguns membros se julgavam mais espirituais pelo fato de terem mais dons do que outros.
Tendo isso em vista, em 1 Coríntios 12, ele fala da igreja como corpo, sobre a distribuição dos dons, e no capítulo 14 fala do dom de profecia e do dom de línguas. Entre esses dois capítulos, ele coloca o capítulo do amor. Ele está dizendo que você pode ser um grande orador, um grande cantor e um grande intérprete, até ajudar a quem precisa, mas se não tiver amor, você é “zero”, “nada”.
Assim, em lugar de definir o que é amar, ele mostra o que o amor faz. Em quinze expressões, ele apresenta o espectro total do amor, sendo sete expressões positivas e oito negativas: o que o amor faz e o que o amor não faz.
J. B. Phillips apresenta a seguinte paráfrase dos versos 4 a 7: “Este amor de que estou falando demora a perder a paciência – ele busca uma maneira de ser construtivo. Não é possessivo, não está preocupado em impressionar, nem acalenta ideias exageradas sobre sua própria importância. O amor se comporta bem e não busca vantagem própria. Não é melindroso. Não guarda ressentimento nem se alegra com a infelicidade das outras pessoas. Pelo contrário, participa da alegria dos que vivem de acordo com a verdade. O amor não conhece limites para sua paciência, fim para sua confiança nem enfraquecimento de sua esperança; ele é capaz de superar tudo.”
Ao falar das qualidades positivas do amor, Paulo começa dizendo que o amor é paciente e bondoso. Quem colocaria a paciência como uma das primeiras características do amor? Mas é isso que Deus inspirou Paulo a escrever. A paciência nos ajuda a aguardar a resposta daquilo que está sendo buscado, a suportar as pessoas e tratá-las bem.
“O amor se alegra com a verdade” (v. 6). Isso abrange a ideia de ficar em silêncio em relação às faltas dos outros.
Não estar desejoso de inspecionar a debilidade dos outros.“O amor tudo crê” (v. 7), ou seja, o amor e a fé também caminham juntos. O amor vê o outro como uma pessoa em quem confiar. O amor crê que o outro vai se regenerar; que ele não é incorrigível. O pai crê na volta do filho pródigo; e a esposa do bêbado pode acreditar na recuperação do marido.
Senhor, que eu possa refletir em minha vida o Teu amor!
A Mais Doce de Todas as Palavras
sábado, 10 de setembro de 2011
No Amor Não Existe Medo
No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo. Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro. 1 João 4:18, NTLH
O medo possui imenso arsenal. Não há ninguém que fique fora do alcance de suas várias armas: medo de perder o emprego, de emprego novo, do desconhecido, de perder a saúde, de ser diferente, de intimidade, de rejeição, de fracasso, etc.
O apóstolo diz: “O amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo.” O medo e o amor são mutuamente excludentes, não convivem no mesmo ambiente. O medo é controlador, nos paralisa. Se estamos com medo, ficamos “envelopados”, fechados, encaracolados dentro de nós mesmos. O amor, por outro lado, nos leva à aproximação. Quando crescemos em amor, diminuímos em temor.
Quando você tem certeza de ser amado por outra pessoa, tem a tranquilidade de que não precisa mudar ou ser bom para ser aceito.
Charles Swindoll conta a história de David Ireland, que escreveu um livro intitulado Cartas Para Uma Criança que Ainda Não Nasceu. Ireland escreveu uma carta para a criança que ainda se encontrava no ventre da esposa, pouco antes de sua morte ocasionada por uma enfermidade neurológica. A respeito da esposa, Ireland se expressou assim: “Sua mãe é uma pessoa incrível. Poucos homens sabem o que é receber um muito obrigado por levar a esposa para jantar fora, quando isso implica em tudo o que acontece em nosso caso. Significa que ela tem que me vestir, me barbear, escovar meus dentes e pentear meu cabelo. Tem que me levar na cadeira de rodas para fora de casa e descer a escada, abrir a garagem, abrir o carro, dar a volta, virar-me para que eu me sinta confortável, dobrar a cadeira de rodas, colocá-la no carro, entrar no carro, dar partida, tirar o carro da garagem e seguir para o restaurante. Então começa tudo de novo: ela sai do carro, abre a cadeira e a porta, vira meu corpo, põe-me em pé, faz-me sentar na cadeira, puxa os pedais da cadeira para que eu me sinta confortável. Nós nos sentamos para jantar e ela me coloca comida na boca durante toda a refeição. Quando terminamos, ela paga a conta e empurra a cadeira de volta para o carro, e começa tudo de novo, só que ao contrário. Depois que tudo acaba ela diz com sincera cordialidade: ‘Querido, obrigada por me levar para jantar’ e eu simplesmente não sei o que dizer” (Amigos de Verdade, p. 96).
No amor não há temor.